segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Histórias boas, ruins e clichês

Spoilers! Spoilers! Spoilers! Mas os únicos prejudiciais mesmo são sobre avatar... ou não!

Como já me perguntaram por que eu gostei de um filme tão clichê quanto Avatar, resolvi esclarecer isso aqui no blog. Bem, é impossível discordar que Avatar é uma história recheada de todos os clichês imagináveis. Totalmente previsível, sem reviravoltas, nem sequer uma reviravolta previsível. Eu acredito que roteiros totalmente originais, que fogem dos clichês, são ínfimos hoje em dia. Acho que é por isso que finais com reviravoltas agradam tanto. Mas esse não é bem o caso. Na minha opinião, Avatar é um clichê bom. A diferença entre um clichê bom, e um ruim, é basicamente nos seus argumentos. Quando eu falo de argumentos, falo do poder de convencimento do filme. Pra explicar melhor, vou pegar o exemplo de um filme que já comentei aqui, e que não me convenceu nenhum pouquinho:

Robin Hood! Que decepção! Que merda! Como eu já disse em outro post, o tal do Robin Longstride, vulgo Robin Hood, era um bostinha que comandou toda a inglaterra contra a França, sem motivo razoável algum, só porque o pai dele era um nobre aí ele já chegou o bam-bam-bam, falou bonito e virou o caralho. Na luta final ele não faz quase nada, ele luta até de espada porra!! Não era pra ele usar um arco?? E no final é aclamado por todos. Robin Hood é um herói sem fazer porra nenhuma. Ah, e nem explica porque ele virou Robin Hood, a não ser que isso seja por algum motivo bem óbvio que eu não entendi. E depois de ser herói da inglaterra, ele é declarado fora-da-lei, sem nenhum motivo convincente (ao menos pra mim) o bastante. Bem, segundo o Giovani, em comentário deixado no blog, o filme tá bem explicado.. ou eu dormi no meio, ou sou muito burro mesmo, mas o fato é que Robin Hood não me convenceu. Já a adaptação de Jake Sully com os Na'vi em Avatar eu achei bem convincente. Já era óbvio que ele ia pro lado deles, mas a maneira como essa relação foi demonstrada no filme é muito boa, principalmente nas cenas em que Sully grava aqueles vídeos. E para Sully se tornar o grande general do povo Na'vi, foi necessário que ele dominasse o Toruc. Por sinal, esse lance do Toruc Macto eu achei muito bom. Com a aparição do Toruc, a gente já pode matar o filme todo daí. Já da pra saber tudo, pela sequência de clichês. Mas a forma que Sully o captura é muito interessante, afinal de contas, como diabos um Na'vi recém iniciado iria dominar a criatura mais temida de toda Pandora? Com a lógica "Por que ele olharia para cima?" Jake domina Toruc, a Última Sombra. E pra isso nem é mostrada uma cena toda dramática de conflito, a tela apenas fica preta e o filme segue adiante. Por mais clichê e repetida que seja a história de Avatar, eu ainda acho que é um filme lindo e uma história bem contada.

Avatar é o maior exemplo de clichê que se tem no cinema: aquele em que um cara do nada se torna o grande herói. Provavelmente essa tendência surgiu com o Luke Skywalker em Star Wars. A partir daí, qualquer um pode se tornar herói da metade do filme em diante. O que vai diferenciar os bons e maus filmes desse clichê, é justamente a forma como a história é contada e que argumentos serão utilizados para justificar o fato do cara se tornar herói. Sem dúvida, a desculpa mais comum pra esse tipo de filme é: "Uma profecia diz que..."

Os melhores exemplos de histórias bem contadas que a gente pode ter, são os filmes da Disney. É tudo previsível, mas ainda assim muito bom e divertido de assistir. Você sabe que no final o Buzz vai aceitar que ele é um brinquedo e vai se tornar amigo do Woody. Em carros, pelo fato do Relâmpago McQueen não possuir equipe e detestar Radiator Springs, já dá pra saber o que vai acontecer no final. Mas ainda assim eu achei legal. Na verdade eu me emocionei assistindo essa porra desse filme! XD Aff... Enfim, filmes da Disney são convincentes e emocionantes.

Um roteiro que é simplesmente genial, é de um filme já comentado aqui anteriormente: Pulp Ficion.
Pulp Fiction inicia pelo meio da história, que na verdade é o final do filme. Estranho, né? A história toda se desenvolve com diálogos capazes de prender a nossa atenção no filme e situações imprevisíveis! Na história de Mia Walace e Vincent Vega, quando a gente pensa que já sabe o que vai acontecer, acontece um imprevisto. A mesma coisa na história de Butch, o boxeador. Na parte final, do Vincent Vega e do Jules, a gente já não sabe mais o que esperar. Por fim, o filme finaliza com um sermão fantástico do Jules, personagem do Samuel L. Jackson, que resume toda a essência de tudo que foi apresentado e fechando o filme com chave de ouro. Muito foda! Um dos melhores finais de filme que já vi!

Um dia desses eu quase pego porrada no Twitter. O motivo: eu não parava mais de comentar cena por cena de Casino Royale, que estava passando na Record. Geralmente o motivo pra eu ficar comentando um filme no Twitter é eu já ter assistido ele, e, principalmente, não ter gostado. Já que quando tá passando um filme que gosto na TV, geralmente eu saio da frente do PC e prendo toda minha atenção na tela. No caso de Casino Royale, eu acho uma merda, mas não deixo de assistir quando passa, afinal é James Bond + Poker. Dois motivos pra eu achar o filme ruim: 1) Daniel Craig como James Bond não me convence nem um pouco. 2) O filme em si, não me convence como um 007 nem a pau. Cadê os equipamentos do Bond? O relógio? O carro nem dispara mísseis! Ao menos manteram as mulheres gostosas, ufa! A idéia de salvar o mundo numa mesa de poker é muito legal, mas só isso. O filme seria muito melhor se se chamasse Jack Bauer: Casino Royale ou Missão Impossível: Cassino Royale, ou qualquer outra coisa... O fato é que fizeram de 007 uma imitação de filmes e séries que justamente se inspiraram em 007! Só podia dar uma merda disso! Bom, vou encerrar por aqui! Comentem, discordem, me matem!
Abraços!!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sobre brinquedos, balões e carros

Antes de começar o post, vou expressar um pouquinho a minha indignação. Comprando alguns DVD's aqui na internet, eu resolvi que deveria comprar Rei Leão para meus irmãos. Pô, acho que Rei Leão é o maior clássico da Disney. Minha infância foi assistir diversas vezes esse filme. Eu achava do caralho aquela pedra gigante do rei leão, achava medonho o cemitério de elefantes, cantava Hakuna Matata com o Timão e o Pumba, me emocionei com o Simba vendo seu pai nas estrelas. A luta final é foda, aquela música que o Scar canta para as Hienas marchando também é foda, o filme até mesmo rendeu uma frase memorável: "Eu matei Mufasa!" pra figurar ao lado de clássicas como "Luke, eu sou seu pai." XD
Enfim, Rei Leão é do caralho. Acontece que eu não achei a porra do filme pra comprar!! Todo site que eu procurei não tinha nenhum vestígio de DVD, nem sequer "Em falta". Muito revoltante, por mais que o filme seja do tempo da fita de vídeo, porra, não é um clássico? E o pior de tudo: o que a molecada de hoje em dia anda assistindo?
Para o nosso consolo, a Disney ainda anda produzindo bons filmes infantis, capazes de entreter até mesmo os adultos.

Entrando no post de verdade, meu objetivo aqui é comentar sobre algumas animações de computação gráfica da Disney que eu adoro. Além de boas histórias e personagens carismáticos, esses filmes têm um plus que os deixam mais encantadores ainda!

Toy Story
Esse eu tinha até em fita de vídeo! Ah, bons tempos em que após terminar de assistir um filme, tinha que rebobinar ele... Haha! Além da história e dos personagens, uma das coisas fodas de Toy Story é como ele mexeu com nossa imaginação quando éramos crianças. Quem, quando criança, não queria que seus brinquedos que tanto adoravam tivessem vida, que você pudesse conversar com eles e brincar de uma forma bem mais interativa? Quando Andy se ausenta, os brinquedos logo passam a se mexer, conversar e ainda arrajam as mais diversas confusões (narrador da sessão da tarde: on). Eles têm vida, e cada um tem personalidade própria, mas logo que Andy chega para brincar com eles, os brinquedos se fingem de "apenas brinquedos". Isso leva a gente a se perguntar "O que os meus brinquedos fazem quando estou fora?" Dessa forma, o filme até mesmo justifica aqueles momentos em que a gente acha que deixou alguma coisa, tipo um brinquedo, em algum lugar, e a encontra em um lugar diferente. Após assistir os filmes de Toy Story, chega a dar pena dos brinquedos que já nos desfizemos. Em Toy Story 3, Andy vai pra faculdade. Ao saberem da notícia, os soldadinhos de plástico dizem que sua missão foi cumprida, e são os primeiros a partir. Nessa hora eu pensei "Meus soldadinhos de plástico foram os primeiros a sumir!" Tudo bem que essas coisinhas pequenas são as que somem logo, mas eu achei engraçada a comparação, sendo essa a intenção do filme ou apenas coisa da minha cabeça. Outra comparação curiosa, é que os brinquedos de Toy Story, e a sua forte necessidade de brincar com Andy me lembrou aquelas fadas brincalhonas, mais precisamente as fadas do RPG Changeling: O Sonhar, que necessitam da imaginação e criatividade humana para existirem. Depois dessa, eu cheguei a conclusão de que viajo muito...
Falando em criatividade, eu acredito que montar cenários e histórias com brinquedos diversos são melhores para as crianças estimularem a criativade do que 1001 atividades fora de casa para depois irem jogar God of War no Playstation. É o que eu acho, pelo menos...

Up! - Altas Aventuras
Maldita necessidade de botar subtítulos em português para filmes com título em inglês que não fazem muito sentido traduzir. Ao menos altas aventuras até que ficou legalzinho, melhor que "Pra cima!" ou até mesmo melhor que só "Up!".
Quem nunca sonhou em voar? Ah, quem dera fosse fácil comprar alguns balões no baloeiro e levantar vôo. De fato, um padre aqui no brasil teve essa idéia, mas foi infeliz na escolha da rota... E também não é tão simples assim. Bom, toda criança já quis voar com balões. Eu era um pouquinho mais estranho, queria voar em um avião de papel, tipo aqueles que a gente fazia em uma aula chata de matemática, mas gigante, em que coubesse eu mesmo. Só pegar a corrente de ar certa e rumo a aventuras! É mais ou menos essa a idéia do filme. Um velho viúvo, que sente que não fez nada que realmente valesse a pena na vida, prestes a ir pro asilo, decide que precisa viver uma aventura, como última coisa a fazer na vida. Na cena mais mágica do filme, milhares de balões saem pela chaminé da casa e esta começa a levantar vôo! E ainda tem o velho rindo da cara dos homens que vieram buscá-lo para levá-lo ao asilo! Além dos balões, na casa têm também umas espécies de velas que servem para guiar o movimento da casa no ar. A sorte do nosso velho de Up! é melhor que a do padre brasileiro e ele acaba realmente vivendo a sua aventura. Eu espero que um dia eu pelo menos vôe de balão... mas sabe qual é minha grande vontade? Voar em um Zepelin.

Carros
Após dar vida aos brinquedos em Toy Story, a Disney dessa vez resolveu dar vida aos carros, mas de uma maneira diferente. Os carros desse filme vivem num universo próprio, onde todas as criaturas são veículos. Não só carros, tem também helicópteros, aviões, etc. No filme, cada carro tem sua personalidade própria. Acho que botar personalidade nos carros não é só coisa de criança, já que eu também tenho essa mania, dependendo da aparência dele. O novo uno por exemplo, parece ser um carro muito simpático. Kombis também me parecem muito simpáticas. Caminhonetes geralmente são agressivas e impõem respeito por onde passam. Os faróis do Honda Civic lembram o olho puxadinho de um japa... Em Carros, nós temos o Relâmpago McQueen, um Dodge Charger 2005, como personagems principal. Ele tem um jeitão moleque, se acha O foda, e está prestes a se tornar o primeiro novato campeão da Copa Pistão, a competição Nascar do mundo do filme. McQueen compete contra Chick Hicks, um Pontiac Grand Prix 1982, e contra O Rei, Plymouth Superbird 1971. As coisas começam a complicar quando ele acaba parando por acidente em Radiator Springs, uma cidade do interior perdida do mapa, onde conhece Sally Carrera (Porsche 911 Carrera 2002), uma grande advogada de Los Angeles, que trocou a vida da cidade grande pelo interior, Doc Hudson (Hudson Hornet 1951) o juíz da cidade, e Mate (Caminhão-Reboque Chevy Wrecker 1955) que acaba virando melhor amigo de McQueen. Carros, tem muitos personagens e tipos de carros diferentes para se comentar aqui. Uma das coisas que acho bacana, são os elementos culturais dos Estados Unidos que o filme mostra. As corridas de Nascar, a cidadezinha do interior toda iluminada a noite, a paixão por motores. Os americanos amam carros. Não sou ninguém pra ficar supondo coisas, mas acho que é por isso que eles preservam e valorizam tanto modelos antigos. Lá que inventaram o Drive-thru. Porra, o cara não quer sair do carro nem pra comer? E tem também aqueles cinemas em que a gente estaciona os carros ao ar livre para assistir ao que estiver passando. No final de carros, os personagens estão assistindo esse tipo de cinema, o que faz mais sentido no mundo deles que no nosso. É, todo mundo sabe que eu acho os Estados Unidos foda pra caralho XD Acho que Carros é uma excelente expressão da cultura americana.

É isso. Nem preciso dizer que adoro os três filmes e que acho que todo mundo deveria assistir, né?
Abraços a todos!