sexta-feira, 30 de abril de 2010

Cartas, habilidade e um pouco de sorte!

Eu comecei esse blog dizendo que ia falar sobre muitas coisas consideradas do demônio certo? Bem, o assunto de hoje provavelmente vai ser o mais ‘do demônio’ que eu vou escrever aqui. É sobre um jogo, fascinante, mas que pode viciar de tal forma a ponto de muita gente sacrificar todo seu patrimônio no jogo. É, você já deve imaginar do que estou falando: Pôquer. Acho que todo mundo já viu em filmes os caras jogando pôquer em bares e cassinos. Também temos o pôquer salvando o mundo em Casino Royale (eu achei muito legal a idéia de botar James Bond salvando o mundo através de uma partida de pôquer nesse filme, porém essa é a única coisa boa dele), e tem também o pôquer que garantiu uma viagem sem volta pro Jack em Titanic. Como o jogo não é tão popular aqui no Brasil como nos Estados Unidos, acredito que muitos já tiveram curiosidade pra saber como é devido aos filmes.

Pois bem, é impossível precisar a origem do pôquer. Jogos com apostas e cartas datam da Pérsia e da China antiga. O pôquer como o conhecemos hoje originou-se nos Estados Unidos, por volta da época da conquista do oeste. Na verdade, não existe um só pôquer, existem vários estilos, que são divididos em três categorias:
Pôquer com cartas abertas: nesse estilo de pôquer, você possui algumas cartas na sua mão, e outras que ficam expostas para seu adversário;
Pôquer com cartas fechadas: nesse, só você vê as suas cartas, o que, acredito eu, torna a leitura das mãos muito mais difícil que nos outros;
Pôquer com cartas comunitárias: Nesse, você terá cartas na sua mão e na mesa haverá cartas comunitárias, que serão usadas por todos que tiverem jogando pra conseguir a melhor combinação.
O que há em comum entre todos os estilos de pôquer são as combinações de cartas, que serão sempre as mesmas (um par, dois pares, uma trinca, uma seqüência, para ver todas, clique aqui: http://www.velhosamigos.com.br/Jogos/DicasPoker.html). Ganha o jogo aquele que tiver a melhor combinação.

Existem também estilos de pôquer que admitem o uso de coringa. Nesses estilos, existe uma jogada mais poderosa até mesmo que o famoso royal straight flush. Essa jogada seria uma quadra+coringa, por exemplo, como o coringa pode ter qualquer valor,de qualquer naipe, seria possível fazer AAAAA (5 áses) e bater um royal straigh flush! =O
Pra quem não conhece, vou apresentar aqui o estilo mais popular de pôquer no mundo inteiro: o Texas Hold’em.

Como disse o jogador profissional Mike Sexton, “leva-se um minuto para aprender o Texas Hold’em e uma vida para ser um mestre” então, vamos, em um minuto, aprender a jogar. É um estilo com cartas comunitárias, você receberá duas cartas na sua mão e haverá cinco cartas na mesa. Dessas sete cartas, você precisa fazer a melhor combinação possível de cinco cartas. O jogo começa com você recebendo duas cartas. Nessa rodada, você poderá apostar, desistir, aumentar ou igualar as apostas anteriores. Depois que todos tiverem igualado a aposta, irão virar três cartas comunitárias na mesa e começará uma nova rodada de apostas. Você poderá apenas passar a vez (não apostar nada, passando pro próximo jogador), apostar, aumentar a aposta, igualar ou desistir (e perder o dinheiro colocado previamente na mesa). Se todos igualarem a aposta ou passarem a vez, virará mais uma carta comunitária na mesa, e uma nova rodada igual a anterior começa. Ao fim desta, irá virar a última carta na mesa, depois de igualadas as apostas, os jogadores irão mostrar as cartas da mão para os outros, aquele que tiver sorte de ter feito a melhor combinação ganha todo o dinheiro apostado. Um jogo de azar bem fácil, né? Bom, não é bem assim... em um estudo feito no Pokerstars, a maior sala de pôquer on-line do mundo, foram analisadas 100 milhões de mãos, e perceberam que 70% delas não chegava ao showdown (momento em que se mostra as cartas no final). Ou seja, as pessoas que ganhavam, utilizavam-se de blefes (apostar fingindo ter uma grande mão para que seus oponentes desistissem e perdessem o dinheiro apostado) e de boa leitura do adversário, para saber a hora certa de desistir, igualar ou aumentar apostas. Para desenvolver essa duas habilidades é que leva a vida toda, como disse Mike Sexton na citação acima. Entender da psicologia do jogo, observar as ações dos jogadores, saber identificar padrões de apostas e saber calcular as chances para se conseguir uma boa combinação são as habilidades que formam um grande jogador de pôquer. Como todo jogo de baralho, por ser o pôquer um jogo de probabilidades, sempre haverá o fator sorte. Calcula-se que a sorte tenha uma influência de 12% no jogo. Em seu Livro Verde do Pôquer, Phil Gordon, um dos melhores jogadores do mundo, admite: “Se um mau jogador não tivesse sorte e pudesse ganhar de vez em quando, não haveria jogo de pôquer que valesse a pena”. A verdadeira arte do Pôquer reside em maximizar seus lucros quando tiver sorte e minimizar suas perdas quando seu adversário tiver sorte.
Se alguém estiver interessado em aprender mais sobre o jogo, ou se já conhece, estiver afim de jogar, é só me avisar, estou sempre disposto a jogar poker =D


Abraços a todos!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Uma história sobre palavras e morte

Eu sempre considerei as palavras como a arma mais poderosa do ser humano. Alguns argumentos podem mudar cabeças que podem mudar o mundo. O lançamento de uma bomba atômica depende de uma decisão, que será emitida por palavras, por sua vez, essa decisão virá de diversas conclusões que também serão expressos em palavras, então, se você souber dominar o poder das palavras, pode tudo!! \o/
O último livro que li tratava exatamente sobre isso, o poder das palavras. Uma coisa curiosa é que a principal razão para eu ter comprado esse livro foi o que vinha escrito atrás, "Se a morte conta uma história, você deve parar pra ler" (algo assim, eu emprestei pra minha mãe e tá muito tarde para bater no quarto dela e pegar o livro pra ver o que realmente está escrito). O que me chamou a atenção foi que é a Morte quem conta a história. Sim, eu adoro a Morte! XD 

Ok, eu to falando do ceifeiro, aquele esqueleto com capa preta e uma foice que vem buscar nossa alma quando morremos. Por que eu gosto dele? Sei lá! Não sei o que vejo de legal em uma entidade que se mata (???) trabalhando, levando almas para o outro mundo. Mas eu sempre achei legal a idéia da personificação da morte. Vai entender o que tem de errado com a minha cabeça... Bem, o livro que comprei se chama A Menina que Roubava Livros, de Markus Zuzak.

Esse livro se passa em uma época e lugar com muito serviço para a Morte, a Alemanha nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. Em uma passagem do livro, a Morte define o que significa a guerra para ela: "Dizem que a guerra é o melhor amigo da morte. Eu discordo disso. Pra mim, a guerra é como um patrão que exige que você faça relatórios atrás de relatórios." (mais ou menos assim xP) Os capítulos que mais gosto são os "Diários da Morte" pois neles a Morte descreve sua experiência nos bombardeios e nas câmaras de gás, são duas passagens muito bem escritas e muito legais (já deu pra ver que gosto de pessoas mortas...)
Mas a história na verdade trata de Liesel Meminger, uma menina que se encontrou três vezes com a morte, acabando por despertar a curiosidade na nossa narradora. Liesel é uma menina de 10 anos que foi mandada para morar com Rosa e Hans Hubermann na cidade de molching, na rua himmel, em uma parte bem pobre da cidade. Como se não bastasse a dor de se separar da mãe, o seu irmão menor morreu durante a viagem, o que lhe rendia pesadelos toda noite. No dia do enterro de seu irmão, Liesel roubou seu primeiro livro, o Manual do Coveiro, que acabou servindo para que Hans Hubermann, mais tarde ensinasse a menina a ler. Na escola, Liesel sofria nas mãos da professora (uma coisa bem another brick in the wall) e era zoada pelos outros colegas por não saber ler bem, uma habilidade que foi desenvolvida aos poucos no porão de casa, com Hans Hubermann, e que lhe foi muito útil futuramente. Também fazem parte da história Rudy Steiner, um menino da mesma idade de Liesel, que também morava na rua himmel, lhe ajudava nos roubos, e veio a ser o primeiro amor dela e Max, o lutador judeu, uma das maiores vítimas das palavras proferidas por Hitler. O livro mostra quando as palavras podem ser reconfortantes através de Liesel e como elas podem matar milhões e estragar a vida de outros tantos através de Hitler. O começo é um pouco chatinho, mas a medida que a guerra vai adentrando território alemão, a coisa vai ficando mais dramática, a ponto de no final eu me segurar pra não deixar cair alguma lágrima do olho... (quem me conhece sabe que não sou exatamente um exemplo de amor ou delicadeza de pessoa, mas confesso que tenho algum fraco por filmes e livros)
Por fim, o livro termina com a Morte dizendo o que os seres humanos representam pra ela. Curioso? Eu só vou dizer que se fosse um ceifeiro, sentiria a mesma coisa.

Abraços a todos, não temam a morte, e usem sabiamente suas palavras!

terça-feira, 27 de abril de 2010

O que são filmes bons?

Um dia desses na Tela Quente estava passando um filme beeem mentiroso, Duro de Matar 4.0.
Mentiroso porque tem umas cenas bem absurdas, como uma viatura da polícia arremessada em um helicóptero e quando o Bruce Wilis consegue manter uma carreta vítima de um míssil na estrada, utilizando apenas a força de seus braços aplicada ao volante. Eu adoro essas coisas. A reação de muitos pra esse tipo de filme é 'Só mentira!'. Eu sempre respondo que se quisesse ver a realidade, assistiria jornal.
O filme conta a história de um policial durão combatendo um grupo terrorista que está realizando a queima total, um processo que consiste em controlar TUDO que funcione através de computador, desde o trânsito, comunicações, fornecimento de energia e água. Uma história simples, muita ação, muita mentira, um filme bem divertido.
Há aqueles que gostem de filmes 'reais' então vamos falar sobre um filme 'real', o premiadíssimo Guerra ao Terror. 

Ao sair do cinema, cheguei a conclusão de que esse foi simplismente o filme mais chato que já assisti em toda minha vida! Ok, o filme mostra a realidade da guerra do iraque, aprendi que os insurgentes gostam de bombas e que os iraquianos são muito curiosos, mas ainda assim não muda o fato de ser um filme extremamente chato. Na real, eu prefiro um filme com um idiota patriota lutando e morrendo pelo seu país do que Guerra ao Terror. Às vezes eu acho que não sou intelectual o suficiente, tipo o José Wilker, pra entender qual a verdadeira graça desse filme. O que mais me revolta é que ele ganhou o oscar contra dois filmes que eu adorei, Avatar do James Cameron e Bastardos Inglórios do Tarantino. 

O primeiro dividiu o mundo entre aqueles que adoraram e os que odiaram. Tornou-se praticamente um clássico instantâneo da ficção científica. Os efeitos especiais espetaculares, a experiência em 3D fantástica e o bem detalhado mundo de Pandora contribuíram para que Avatar arrecadasse 2 bilhões de dólares em bilheteria, ultrapassando o primeiro colocado, titanic, também de James Cameron. Tantas críticas se deve ao roteiro recheado de clichês. É verdade, muitos clichês, a mesma história que já vimos diversas vezes mas que, na minha opinião, continua a ser uma história bonita. Basicamente, o filme trata de Jake Sully, um ex-fuzileiro naval que é enviado à Pandora, uma lua que orbita ao redor de Polyphemus que, por sua vez, orbita a estrela Alfa Centauri A. Nessa lua, está ocorrendo a exploração de unobtanium, um metal valiosíssimo na terra. Pandora é habitado por um povo chamado na'vi, umas criaturas azui humanóides. Para os seres humanos explorarem a lua, foram criados avatares, corpos com a mistura de DNA na'vi com DNA humano que são controlados por humanos através de transferência de mente. A missão de Jake Sully é se infiltrar no povo na'vi, aprender seus costumes, ser um deles e convencê-los a ficar longe das reservas de unobitanium. O que acontece depois todos devem imaginar... Bastardos Inglórios! 

Tá aí um filme sobre guerra mais legal que Guerra ao Terror. Torci muito para que o Tarantino levasse esse oscar, uma pena que não foi dessa vez =\ Bastardos Inglórios é um filme dividido em vários capítulos que conta duas histórias diferentes que chegam em um ponto comum. É recheado de diálogos bem chatos então eu não recomendo assistir se você estiver com sono... porém o final de cada capítulo é sempre muito... FODA. Acho que a é a melhor palavra pra descrever as cenas desse filme! Um destaque interessante do filme é a atuação do Brad Pit como Aldo, the Apache que é muito fera. Sem contar a dose de humor que só Tarantino sabe colocar. O filme trata de um grupo de soldados Judeus conhecidos como os Bastardos Inglórios, combatendo os nazistas. Ao mesmo tempo, vai ser lançado um filme sobre um soldado nazista, ocasião em que vão se reunir diversos líderes nazistas em um cinema de Paris. Oportunidade perfeita para acabar com vários nazis hein? Ainda mais porque os nazistas não fazem idéia de quem é a dona do cinema...Pronto, agora se quiserem um filme com uma dose de real, um roteiro simples e lindo, aqui está: Quem Quer Ser um Milionário.

Dessa vez eu admito que a academia acertou ao dar o Oscar para esse filme. Jamal é um garoto indiano pobre que desde muito cedo teve que aprender a se virar para sobreviver ao mundo. No filme, cada pergunta que ele responde no jogo 'Quem quer ser um milionário' serve de base para mostrar um momento da vida dele. Se quiserem saber mais alguma coisa a respeito, ASSISTAM! Eu recomendo muito XD
Por fim, eu falei sobre todos esses filmes para explicar meu posicionamento sobre o que eu acho ser um bom filme. Acredito que filmes têm o único papel de nos entreter, talvez algum conhecimento possa vim como bônus, ou talvez a pessoa se entretenha ao saber alguma coisa mais sobre a guerra do iraque. Não acredito que pra ser bom, ele deve possuir algum significado, alguma grande mensagem, o filme é bom quando simplismente nos agrada, sendo mentiroso, sendo verdadeiro, sendo clichê ou com uma reviravolta impressionante no final. Se deu pra alcançar um divertimento acima da média, então já tá valendo. Acho que muitos vão discordar do que eu escrevi aqui, mas a parte de comentários serve justamente para discussões a cerca de assuntos e pontos de vista, o que torna o blog mais interessante para todos =D

Então por hoje é só, abraços!

domingo, 25 de abril de 2010

Nerd Stuff

Olá amiguinhos =D
Pra quem não me conhece eu sou o Natan e essa é a primeira postagem do highway! Então, pra começar, vou contar uma pequena histórinha!
Era uma vez eu, e dois amigos, thales e hayra. Era sábado a noite e estávamos na rua sem nada pra fazer. Resolvemos então tomar uma dose de tequila na tia (e nem a tia estava na barraca de drinks dela no dia =\) e, pra completar o ritual sagrado, após a dose fomos na banca de revista. Lá, o thales comprou uma hq e eu comprei um mangá. Mais tarde começamos a discutir sobre quem ou o que era mais nerd até eu chegar a conclusão de que hq é mais nerd que mangá e ficar zuando o thales chamando ele de nerd. xP No outro dia, em casa, estava botando um dvd pra gravar e como meu pc é demais ruim, preferi não mexer nele durante o processo. Então, resolvi pegar algo para ler (acabei esquecendo meu mangá na bolsa da hayra) e eis que me deparo com ele: watchmen, the absolute edition.


Sim! Em inglês mesmo! No momento eu me toquei: "Eu sou nerd pra caralho, foda-se!" XD
Eu não sou muito chegado em hq, mas abro algumas excessões para as grandes obras, como watchmen, que é tão foda que chega a figurar na lista dos 100 melhores romances da língua inglesa da times magazine ao lado de obras como O Senhor dos Anéis.
Pra quem nunca leu (ou mesmo nunca assistiu o filme) a história é basicamente sobre a vida de super-heróis após um decreto que os obrigou a se aposentar, em um mundo próximo a uma guerra nuclear. Os personagens são fantásticos! Temos Rorshach, o herói que usa uma máscara em que as imagens mudam, formando figuras parecidas com aquelas plaquinhas de testes psicolígicos. O Comediante, cuja sua frase preferida é "É tudo uma piada" e, na descrição do Rorshach, uma paródia do mundo em qual vivemos. Dr. Manhattan, bem o cara é praticamente Deus, podendo manipular a matéria como quiser e tendo uma visualização completa do tempo, passado, presente e futuro. Ozzymandias, o homem mais inteligente do mundo. O coruja, um cara rico, que usa apetrechos e até mesmo uma nave. Júpiter, a heróina filha de uma heroína da velha geração. Eu poderia falar horas sobre a história e seus personagens, mas como esse não é o foco principal da postagem só vou deixar um último comentário: o filme logicamente nunca será melhor que o original, mas eu o considerei muito fiel ao hq, então vale muito a pena ver!

Ok, se você estiver se perguntando sobre porque eu comprei a edição definitiva em inglês ao invés da versão brasileira, foi porque eu li em um site de compras da internet o seguinte comentário: "A tradução está muito ruim, se puder, compre as primeiras edições ou em inglês mesmo." Então eu pensei "Por que não ler as próprias palavras do mestre Alan Moore?" aliado com o fato de eu detestar assistir filmes ou seriados dublados, uma mania que já tá se extendendo pro mundo das hqs mas que com certeza não vai pro mundo dos mangás! XD Bem, isso acabou me levando a comprar a edição em inglês em outro site, ou seja, se eu fosse dono de um site de compras pela internet, eu desencorajaria esses comentários sobre produtos!

Mas esse rodeio todo que eu fiz foi só pra explicar um pouco o propósito do blog: comentar sobre coisas que eu gosto, ou seja, coisas muito nerds, outras nem tão nerds. Então eu espero que todos gostem de ler o blog =D

Ah sim, o título, como todos já devem imaginar, é por causa da música Highway to Hell do ac/dc. Eu axei propício já que muito do que eu escrever aqui vão ser sobre coisas consideradas 'do demônio' XD Então... "se vamos todos para o inferno, ao menos vamos curtir a viagem."

Abraços a todos!