quarta-feira, 28 de abril de 2010

Uma história sobre palavras e morte

Eu sempre considerei as palavras como a arma mais poderosa do ser humano. Alguns argumentos podem mudar cabeças que podem mudar o mundo. O lançamento de uma bomba atômica depende de uma decisão, que será emitida por palavras, por sua vez, essa decisão virá de diversas conclusões que também serão expressos em palavras, então, se você souber dominar o poder das palavras, pode tudo!! \o/
O último livro que li tratava exatamente sobre isso, o poder das palavras. Uma coisa curiosa é que a principal razão para eu ter comprado esse livro foi o que vinha escrito atrás, "Se a morte conta uma história, você deve parar pra ler" (algo assim, eu emprestei pra minha mãe e tá muito tarde para bater no quarto dela e pegar o livro pra ver o que realmente está escrito). O que me chamou a atenção foi que é a Morte quem conta a história. Sim, eu adoro a Morte! XD 

Ok, eu to falando do ceifeiro, aquele esqueleto com capa preta e uma foice que vem buscar nossa alma quando morremos. Por que eu gosto dele? Sei lá! Não sei o que vejo de legal em uma entidade que se mata (???) trabalhando, levando almas para o outro mundo. Mas eu sempre achei legal a idéia da personificação da morte. Vai entender o que tem de errado com a minha cabeça... Bem, o livro que comprei se chama A Menina que Roubava Livros, de Markus Zuzak.

Esse livro se passa em uma época e lugar com muito serviço para a Morte, a Alemanha nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. Em uma passagem do livro, a Morte define o que significa a guerra para ela: "Dizem que a guerra é o melhor amigo da morte. Eu discordo disso. Pra mim, a guerra é como um patrão que exige que você faça relatórios atrás de relatórios." (mais ou menos assim xP) Os capítulos que mais gosto são os "Diários da Morte" pois neles a Morte descreve sua experiência nos bombardeios e nas câmaras de gás, são duas passagens muito bem escritas e muito legais (já deu pra ver que gosto de pessoas mortas...)
Mas a história na verdade trata de Liesel Meminger, uma menina que se encontrou três vezes com a morte, acabando por despertar a curiosidade na nossa narradora. Liesel é uma menina de 10 anos que foi mandada para morar com Rosa e Hans Hubermann na cidade de molching, na rua himmel, em uma parte bem pobre da cidade. Como se não bastasse a dor de se separar da mãe, o seu irmão menor morreu durante a viagem, o que lhe rendia pesadelos toda noite. No dia do enterro de seu irmão, Liesel roubou seu primeiro livro, o Manual do Coveiro, que acabou servindo para que Hans Hubermann, mais tarde ensinasse a menina a ler. Na escola, Liesel sofria nas mãos da professora (uma coisa bem another brick in the wall) e era zoada pelos outros colegas por não saber ler bem, uma habilidade que foi desenvolvida aos poucos no porão de casa, com Hans Hubermann, e que lhe foi muito útil futuramente. Também fazem parte da história Rudy Steiner, um menino da mesma idade de Liesel, que também morava na rua himmel, lhe ajudava nos roubos, e veio a ser o primeiro amor dela e Max, o lutador judeu, uma das maiores vítimas das palavras proferidas por Hitler. O livro mostra quando as palavras podem ser reconfortantes através de Liesel e como elas podem matar milhões e estragar a vida de outros tantos através de Hitler. O começo é um pouco chatinho, mas a medida que a guerra vai adentrando território alemão, a coisa vai ficando mais dramática, a ponto de no final eu me segurar pra não deixar cair alguma lágrima do olho... (quem me conhece sabe que não sou exatamente um exemplo de amor ou delicadeza de pessoa, mas confesso que tenho algum fraco por filmes e livros)
Por fim, o livro termina com a Morte dizendo o que os seres humanos representam pra ela. Curioso? Eu só vou dizer que se fosse um ceifeiro, sentiria a mesma coisa.

Abraços a todos, não temam a morte, e usem sabiamente suas palavras!

4 comentários:

  1. Eu estou com esse livro aqui e estou totalmente sem tempo para lê-lo, eu também me interessei quando vi que a morte conta a história do livro, isso também me fascina!!
    Acredito que como tu disse as palavras tem muito poder e como tem, posso dizer isso como profissional e como leitor, por hora não vou me alongar pois ainda não li o livro, entretanto assim que o fizer venho aqui e respondo, mesmo sabendo que o post vais está lá embaixo ainda assim postarei!
    Abraço Natan!

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  2. Égua, Natan!
    Não sabia que tu eras o bicho escrevendo sobre alguma coisa. xD heioheioheo
    Gostei do post.
    Sem contar que você chorou ao terminar de ler o livro.
    heioheoiheoe
    Faltou maldade no coração nessa hora. ¬¬ :P
    Gayzinho xD
    BRINKS! ^^

    Post muito fera! (y)

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  3. Foi um momento de fraqueza... prometo que não acontecerá denovo! xD
    Valeu Raíssa! =D

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  4. A morte me fascina [ + 1 ] O que não significa que eu já queira morrer , haha #)
    Depois dessa descrição , deu muuuita vontade de ler o livro .
    E sim, Natan, o from hell, chorando?! Gayzinho! aoiueioae , êê.
    Muito bom o post :}

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